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Ensino Médio apresenta projeto sobre história e cultura

Ensino Médio em feira de Santana

O último sábado (22) foi marcado por muita história, lembrança e expectativa para os alunos, pais e professores do Colégio CETEB durante a apresentação do Projeto “Resgate Histórico Identidade Cultural e Projeto de vida”.

Este ano o tema foi: “Ecos da Memória de Mim: cantos, rimas e narrativas do cotidiano feirense”.

A apresentação foi dividida em duas etapas: a primeira, com exposição histórica e fotográfica, leitura de cordéis e o passeio afetivo, nomeado “Museu de Cada Um”, com lembranças e referências pessoais dos alunos.

Na segunda etapa, momento em que as turmas se dividiram, houve roda de conversa com professores ligados a construção do projeto; a tertúlia – conversa entre pais e alunos, mediada por professores – e apresentação de documentário, intitulado “Pela lente do meu olhar”.

Segundo Ana Emília, mãe de estudante, esse evento é muito importante. “Os alunos precisam aprender um pouco da nossa cidade, da nossa história e cultura. Através do passado, a gente pode fazer um futuro melhor e entender o presente também”.

Durante a roda de conversa discutiu-se sobre a história e o patrimônio cultural de Feira de Santana. Entre os convidados estavam a professora de Língua Portuguesa, Ana Rita Neves, ex-secretária de Educação do município, e a artesã do Centro de Abastecimento, Maria Lícia.

Para o diretor do CETEB, Claudenir Moreira, o dia foi marcado pela emoção. “É como se você tivesse voltando ao tempo e se deliciando dessas maravilhas culturais e históricas”. Ele acrescentou que através do evento “é possível perceber a necessidade de transcender o conhecimento puramente científico”.

Proposta e Construção do Projeto 2017

O projeto propôs aos estudantes do Ensino Médio (1º e 2º ano) do CETEB resgatar e conhecer as suas histórias, a história do lugar onde moram e a partir disso nortear possíveis caminhos para o futuro. Segundo Gledston Carneiro, coordenador de ensino, o objetivo é “dar significado ao que está sendo feito. É refazer a história desses estudantes, a partir de perguntas como: quem sou eu? Qual é a minha história? Qual é a história do lugar onde eu moro? e assim traçar um possível caminho”.

Para o desenvolvimento desse projeto, foram realizadas visitas técnicas aos centros históricos e culturais das cidades de Cachoeira e Feira de Santana e também oficinas de Fotografia, Xilogravura, Cordel e Documentário, nas quais aprenderam sobre cada uma dessas vertentes e produziram também. Assim, os alunos uniram o conhecimento teórico ao prático.

Dentre as oficinas realizadas, o psicólogo Thiago Oliveira proporcionou aos estudantes a construção de um projeto de vida, com todas as expectativas e perspectivas para o futuro.

Para a estudante Rayanna Mendes, 15, do 1º ano do EM, a experiência foi muito importante. “Foi uma oportunidade de trazer fotos, a história da nossa família, o significado dos nossos nomes. Nós fizemos também um projeto de vida, na oficina com o psicólogo, e fomos ensinados a fazer o que gostamos.”

Segundo a professora Rozynamara das Neves, o projeto pode ser definido como um processo de amadurecimento. “É o momento de o estudante se desenvolver mais e melhor. É um autoconhecimento. Ele vai se perceber dentro da sua família, dentro da escola e na sociedade. É um abrir de olhos”, disse.


Sobre o Projeto Resgate Histórico Identidade Cultural e Projeto de Vida

Há 20 anos, o CETEB realiza o “Projeto Resgate Histórico Identidade Cultural e Projeto de Vida”. Trata-se de um programa cujo objetivo é promover a integração e socialização de seus estudantes, a partir do estudo e aproximação do patrimônio cultural da cidade e de suas histórias de vida.

É uma experiência proporcionada aos alunos para que eles se conheçam e conheçam o que está ao seu redor, através de um revisita ao passado. Por meio de um retorno às suas referências pessoais e à história do lugar onde vivem, eles têm a oportunidade de refletir e prospectar o futuro com outros olhos, agora que sabem suas origens.

De acordo com a diretora pedagógica, Lúcia Machado, o projeto visa estabelecer um senso de pertencimento. “Tudo começa na sua história de vida. Olhe para o ontem com o olhar de hoje e ressignifique a sua história”, concluiu.

 

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